Os coletores solares fabricados no Brasil ou os importados, até então, não eram obrigados a passar por testes e ensaios para serem comercializados. A partir de 2017, a fabricação, importação e comercialização de coletores e reservatórios térmicos só pode ser realizada com produtos testados e aprovados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO.
Mas como avaliar um coletor solar que não está identificado com sua etiqueta do INMETRO, quando temos apenas uma inspeção visual como ferramenta de análise? Veja abaixo:
Comparando coletores solares visualmente
O coletor solar pode, primeiramente, ser identificado por sua estrutura externa: tipo de perfil lateral, fixação do fundo no perfil, acabamento entre o perfil lateral, o vidro de cobertura e o material impermeabilizante utilizado na sua fixação.
Atento aos cantos
O acabamento nos cantos do coletor indica se o produto é resistente à penetração de água de chuva. Alguns modelos utilizam apenas um perfil contínuo com solda, em apenas um ponto de fechamento. Há modelos que utilizam peças plásticas para encaixar os perfis e, ainda, modelos que são rebitados.
Espessura
Coletores muito “finos”, que possuem altura de caixa muito pequena podem indicar um produto de menor produção de energia, uma vez que seu isolamento térmico no fundo também é de baixa espessura. A altura da caixa melhora a eficiência do coletor, já que o vidro está distante da superfície absorvedora “aleta”.
Isolamento térmico do fundo
O isolamento térmico do fundo do coletor pode sinalizar sua qualidade: os isolamentos térmicos que possuem melhor resistência ao aumento de temperatura são a lã de rocha e a lã de vidro. Materiais como poliuretano expandido e papel kraft podem perder sua função em um curto período de utilização.
Espessura da aleta
A espessura da aleta é um fator importante na eficiência do coletor, mas como não é possível medi-la, não temos como saber sua contribuição. Podemos indicar aqui que, tanto a aleta de cobre quanto a aleta de alumínio, podem produzir bons coletores desde que sua espessura seja compatível com a demanda do coletor. Resta saber que, para uma aleta de alumínio ter a mesma eficiência de uma aleta de cobre, ela precisa de uma espessura muito maior, visto que o alumínio conduz menos calor que o cobre.
Número de tubos
O número de tubos de elevação, que ficam conectados ou soldados às aletas, também é um indicativo de eficiência: coletores com 6 ou 7 aletas por metro de coletor (largura) é menos eficiente que um coletor com todas as características iguais ao modelo anterior, porém, com 8 ou 9 tubos.
Pintura
Um item um pouco mais difícil de se avaliar é a pintura que recobre a aleta!
Uma pintura seletiva, normalmente de cor azulada, é extremamente melhor que uma pintura preto fosco comercial. Isso acontece porque a pintura seletiva consegue absorver muita energia do sol (cerca de 91%) e emitir pouca radiação (cerca de 4%), enquanto a pintura em preto fosco comercial absorve 50% da radiação e emite 45% do que absorveu.
Portanto, um coletor com superfície seletiva é mais eficiente que um coletor com as mesmas particularidades do anterior, porém, com pintura preto fosco comercial.
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