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Aletas com superfície seletiva

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Publicado em 07 de dezembro de 2016

Aletas com superfície seletiva

Já muito utilizadas no mundo todo, as aletas com superfícies seletivas vêm ganhando espaço no mercado nacional, sendo um dos componentes responsáveis por aumentar a eficiência dos coletores solares térmicos.

O termo seletivo se refere a capacidade da tinta ou revestimento em absorver o máximo de energia possível e emitir pouca energia, a razão entre os dois fatores determina a seletividade da tinta. Por exemplo, a pintura comercial preto fosco (esmalte sintético) tem uma absorção de aproximadamente 90% e uma emissividade também de 90%, ou seja, tudo que ela absorve praticamente é perdido e sua seletividade é igual a 1.

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Absorção, reflexão e emissão de calor para tinta preto fosco

Já os revestimentos semi-seletivos, como a pintura a base de cromo negro e os seletivos, como a deposição física de vapor, sigla em inglês PVD, possuem uma seletividade maior e conferem um melhor aproveitamento da radiação solar.

 

 

Superfície Absortividade – α Emissividade – ε Seletividade
Esmalte sintético preto fosco 0,90 0,90 1
Pintura a base de cromo negro 0,95 0,25 ±4
PVD – Sputter (azul) 0,95 0,04 ±24

 

 

Aletas com superficie seletiva

Absorção, reflexão e emissão da superfície seletiva PVD (azul)

A pintura convencional traz alguns inconvenientes para o meio ambiente e para o coletor solar; sua aplicação emite muitos resíduos prejudiciais ao pessoal envolvido no processo, a secagem da tinta emite muitos gases e esta evaporação costuma ocorrer quando o coletor já está fechado, obstruindo a passagem de radiação pelo vidro e, por fim, sua durabilidade pode ser comprometida em função da aplicação sobre a aleta.

Falando ainda de questões ambientais, a pintura a base de cromo negro consome muita energia na eletro galvanização e, além disso, o cromo utilizado no procedimento é um metal pesado. Este processo requer cuidados na sua aplicação em função da saúde e segurança dos profissionais envolvidos na fabricação e tratamento da água residual.

Já o processo PVD utiliza apenas 10% da energia necessária no processo galvânico e está livre de resíduos tóxicos. Sua aplicação requer aproximadamente 1kWh por metro quadrado de aleta. É possível aplicar este revestimento tanto em aletas de cobre quanto de alumínio, formando níveis de camadas diferentes para cada material.

Além de sua excelente seletividade, o revestimento mantem 95% de sua eficiência ao longo de 25 anos.

Portanto, o uso de superfície seletiva nas aletas do coletor solar aumentará muito seu desempenho, obviamente aliado a um bom projeto do coletor solar e aos materiais utilizados (tubos, isolamento térmico, altura da caixa do coletor, cobertura, etc.).

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